Site Meter Três e eu: 01/10/2010 - 01/11/2010

30 de outubro de 2010

Entre o geriatra e o psiquiatra

Quando eu era pequena, lembro que minha avó nunca acertava o nome da minha mãe e da minha tia. Sempre trocava os dois. Eu achava muito engraçado, na minha cabeça de criança não entendia como a mãe podia errar o nome das duas filhas. Com o tempo, fui percebendo que era normal, nunca deixando de achar graça quando minha mãe, pra chamar um, chamava todo mundo. Não era difícil ouvi-la gritando: "Letícia-Estevam-Mariana-MATHEEEEEUS!!!!", e só no último a gente sabia quem ela tava chamando. Até hoje a imitamos assim. Pra pagar minha língua, é lógico que eu troco o nome dos dois, e nem é tão raro. Mas, pra pagar a língua bem pago, claro que não podia ser só isso, tinha que ser pior. Desde que o Thierry era pequeno, toda vez que eu vou pra casa da minha mãe acabo chamando ele de Matheus, o nome do meu irmão mais novo. Não sei o motiv, mas já cheguei a contar 7 vezes num final de semana, é hilário. E só acontece lá. Depois que o Fabrício cresceu, melhorou bastante. Mas agora foi demais... Marido diz que eu falo dormindo, só que eu nunca lembro - a primeira vez em que dormiu na minha casa, ele conta que eu falava: "Amor, cadê a caixa? a caixa de veneno..." Só que dessa vez eu lembrei. Anteontem já tava mais dormindo que acordada quando o Fá entrou no quarto pela 1487ª vez e eu disse: "manda o Matheus ir deitar!". Ele, rindo, me perguntava "quem?" e eu insistia: "o Matheus!" Até que o Fá, sem entender nada, disse que não chamava Matheus. Eu me toquei que não chamava mesmo e me lembro de ter ficado pensando quase até sair fumaça: "Como é mesmo o nome dele?????". É... a idade tá chegando, mas nem minha avó, aos 85 anos, esquece o nome dos 3 filhos, 9 netos e 14 bisnetos, nem dos agregados. Será que é grave, doutor???

28 de outubro de 2010

Efeito borboleta - ou efeito casulo

Fabrício está estudando as borboletas na escola. Tem até um viveiro com duas lagartas na sala, uma já dentro do casulo - e, infelizmente, acreditamos que vá "virar borboleta", ou sei lá como se chama isso tecnicamente, bem no feriado... As crianças as alimentam com folhas de couve colhidas na horta que eles mesmos fizeram. Em volta do viveiro, tem todos os livros da escola relacionados ao assunto. Ele já sabe mais sobre borboletas que eu soube na minha vida toda. Sério.
...
Daí hoje, na hora do lanche, marido tava me contando que outro dia os dois estavam no quarto e ele ouviu Thierry falando que Fabrício era o irmãozinho caçula dele, e o pequeno ficou indignado, bravo mesmo, dizendo que não era não. E eu comecei a brincar com ele, dizendo que era meu caçulinha. Ele novamente se indignou e disse, muito sério: "Não!!! Eu não sou casulo!!!!". E nós entendemos o motivo de tanta revolta...

Separando brigas

Meus meninos se adoram e isso é fato. Mas também é fato que cada um está nitidamente buscando seu espaço, seja querendo independência, seja tentando se comparar ao outro. Sei que isso é extremamente saudável, mas nem sempre é fácil. Os desentendimentos são frequentes e inevitáveis, mas felizmente não evoluem para grandes brigas e, muito menos, vão pras vias de fato - e isso se deve ao Thierry, que tem total consciência da diferença de tamanho entre eles e sabe que um revide pode realmente machucar o irmão. Com isso, acaba sobrando pra mim. Não são poucos os "Mãe! Fulano me bateu!" ou "Mãe! Ele falou/fez tal coisa!". Dependendo da gravidade, eu interfiro. Quando não é nada demais, tento ensinar que devem se entender sozinhos, algumas vezes dizendo como, outras mostrando que o "reclamante" não estava 100% certo e outras, as mais bobas, dizendo, literalmente, "resolve com ele". Na minha época, mamãe mandava os dois se abraçarem e darem beijinho como sinal de conciliação, mesmo que um não quisesse olhar na cara do outro. Meu método atual é o extremo oposto. Algumas vezes cheguei a dizer que separaria os dois pra tudo se continuassem não se entendendo, que não fariam mais nada juntos e até colocaria um "tapume" entre eles no quarto e no carro, pra não poderem se cutucar mutuamente. Dou risada só de imaginar a cena extrema e sem o menor fundamento, mas funciona que é uma beleza!...

Momento Porcina

Depois que eu comecei a ler o Mulherices, resolvi aproveitar os 20 minutos mais ociosos do meu dia de maneira "quase" produtiva: no caminho casa-trabalho faço sobrancelha, passo rímel, lápis, batom e o que o tempo e o movimento do carro permitirem. Minha bolsa agora possui itens com os quais ela nem sonhava até o começo do ano, quando eu só tinha um brilhozinho labial usado muito raramente. Mas aí comecei a querer ser mais mocinha (sem cedilha) e agora carrego de curvex a lápis de sobrancelha, passando por 4 cores diferentes de gloss - só não tem nada praa pele, nem sombra. Tudo isso era muito mais fácil antes do meu quebra-sol quebrar em uma daquelas temporadas de secura que vivemos... Agora, além de segurar um pequeno espelho-escova, eu tenho que driblar o sol das 7h da manhã ( horário de verão) nos meus olhos. Mas vale a pena, pelo menos pro meu ego - sempre muito bonzinho e equilibrado, não me canso de agradecer a Deus. Aí eu sei lá o que aconteceu esta manhã que nós estávamos super no horário, adiantados, até. E o Thierry na saga matinal do banheiro, quando ele esquece da vida. Enquanto eu esperava, baixou a viúva Porcina. Claro que eu não saí como quem vai a um baile, mas caprichei um pouco mais. Ainda tô meio tímida, mas também tô me sentindo mais mulézinha. Ainda mais que, coincidentemente, a roupa combinou com o esmalte que eu troquei ontem - agora é o Militar. Lindo demais!!! :D

26 de outubro de 2010

Solteiros x Casados

Hoje, no dia em que eu e marido completamos 10 anos e 3 meses de relacionamento (baita data marcante, kkkk), eu estava trabalhando e me deparei com a xerox de um pequeno artigo da Folha de 1994 em uma tese. Era um quadro cujo título era "melhores vantagens de estar solteira". Pra mim, uma casada convicta, foi um show de "eu não preciso disto", "posso fazer isto casada" ou "meu marido não é assim". Foi uma delícia ler! Serviu pra ratificar tudo o que eu pensava sobre casamento e o quanto as pessoas falam que sua vida vai acabar, você não vai poder mais fazer nada, etc. Acontece o mesmo em relação aos filhos. E eu também sou uma "mãe convicta". Não conseguiria viver sem realizar este sonho - e a gravidez vinha no pacote, mas não era o principal. Quando engravidei do Thierry, com o maior sorriso possível no rosto, fui dar a notícia a uma amiga. A reação foi: "Você tem certeza, Lê? Filho é pra sempre!..." e eu imediatamente respondi que graças a Deus que era! Hoje eu olho pros meus dois brincando e penso como pude demorar tanto pra ter o Fabrício (foi uma fase meio complicada da nossa vida financeiramente, e eu decidi, com dor no coração, que só teríamos o Thierry mesmo. Até que em 3 dias consecutivos recebemos a notícia de 3 grávidas. Pra mim, parecia um "sinal". Então nós decidimos tentar só por um mês porque, se fosse a vontade de Deus, teríamos outro e pronto. Desejei tão forte que o resultado tá aí, com 3 anos e pulando como uma pulga.). É isso.
"Tenho muito mais dúvidas do que certezas.
Hoje, com certeza, eu só tenho vocêS"
(Humberto Gessinger)
Só agora percebi quantos "3" tem neste post. Hora de jogar no bicho! :)

25 de outubro de 2010

Crocheteando

Então, após fazer minhas unhas no domingo, eu abro o blog e tá lá minha amigona Keylla respondendo a enquete de uma leitora só. Claro, o comentário sugeria exatamente a cor que eu tinha escolhido, Crochê - porém acrescentei uma cobertura fosca, tô achando liiindo! Combinou até com o blog, hahaha. A princípio, o escolhido tinha sido o Audrey. Mas aí, enquanto eu fazia o pé, uma bendita quebrou e eu fiquei brava, mudei tudo. E vou dizer, adorei o resultado! Pensei até em escolher o Militar, mas optar por verde em dia de Corinthians x Palmeiras, néam?... E, claro. Deu Timão.

23 de outubro de 2010

Brinquedinhos novos

E aí que eu precisava levar o carro na inspeção veicular (e foi reprovado pq tinha um rasgo na mangueira de ar, que me custou mais de R$200... grrrrr!) e resolvemos passar numa loja de cosméticos grande aqui perto pra ver se tinha o tal do carimbo. Não tinha ele e nem o Carbono, da Colorama, que eu queria. Mas eu saí de lá com 9 esmaltes novos. Nove. Mais um gloss e um lápis de sobrancelha (que eu realmente tava precisando). Mas eu explico os esmaltes. Eu me apaixonei por 3 da Colorama e os da Impala estavam em promoção por R$1,59. Lógico que aproveitei. Depois, em outra loja, acabei achando o Carbono (mais barato, que raiva!). O problema, então, passou a ser qual usar. Aí eu resolvi.

(Marina, Audrey, Militar, Crochê, Café creme, Camurça, Prata, Arranha-céu, Carbono e Paparazzi)

Obviamente eu não vou aderir à moda de usar cores diferentes. Difícil agora é escolher um, porque, vou dizer... amei todos!!! Se eu tivesse pelo menos uns 3 leitores, fazia uma enquete. Hahahahaha!

Garota Supersábia

Hoje, no café da manhã, eu explicava pro Thierry a diferença entre sigla e abreviação. Dei dois ou três exemplos e ele me disse: "Nossa, mãe, você parece a Supersábia!". Eu nunca assisti o desenho, mas acredito que tenha sido um elogio. Alguém confirma? :)

Novo sonho de consumo

Eu não sou tãooo cuidadosa com minhas unhas como gostaria, mas também não sou relaxada. Gosto de fazer sempre e, pelo menos, passar um esmalte - em casa mesmo, já que não precisa ser um gênio das habilidades manuais pra isso. Mas minhas unhas não são compridas e lindas como umas que vejo, por isso nem me dá muita vontade de fazer "arte" nelas, embora eu tenha alguns pincéis e esmaltes próprios pra isso. Tá, admito, também não sou uma grande artista plástica, não sei desenhar nem casinha, por isso nada vai muito além das florzinhas de bolinha - que tenho achado brega. Mas agora que eu vi que o preço é acessível, eu cismei que quero um carimbo pras unhas. Perguntei o preço numa loja gigantesca e famosona, que tem tudo e mais um pouco, mas que é longe da minha casa, estou esperando resposta. Também vou ver numa mais modesta aqui perto. Se o preço não for alto, um dia vou  lá buscar. Se não for, taí meu mais novo amigo de infância, o Ebay, pra resolver o problema. Com precinhos "mazomenos" e free shipping.

22 de outubro de 2010

A fazenda

Nós temos quase um ritual pras crianças dormirem. Programamos a TV por um determinado tempo e, quando ela desliga, eles viram pro lado e dormem. Começou quando o Fabrício era menor e não entendia muito bem, então a TV desligava porque "a luz tinha acabado" e a gente não tinha o que fazer, ele aceitava numa boa. Hoje ele já sabe a verdade e continua aceitando, mas tem dia que simplesmente o sono demora mais pra chegar - ou ele não deixa chegar. Thierry geralmente dorme antes, mas é raro ver o Fabrício dormir antes de "a luz acabar". E tem que ser assim. Se eu desligar, acaba a "magia". Certo ou não, esse é o nosso jeito e eu estou satisfeita com ele, até porque é um momento em que eles conseguem parar e relaxar antes de dormir. Aí, outro dia, Fabrício não conseguia dormir e ficava levantando de 2 em 2 minutos - ou menos. Até que, brava, eu mandei ele voltar pra cama, dizendo que, se ele levantasse de novo, tava na roça (uma gíria antiga bem usada láááá no interiorrr que já me perguntaram se é por causa de "A Fazenda", hahaha). Ele rapidamente respondeu: "Não mãe, não quero ir pra lá, não gosto de 'ir lá', eu sou pequenininho!". Em vez de brigar, sentei na cama e literalmente chorei. De rir.
E ontem ele me surpreendeu. Programei a TV e faltava pouco pra acabar Backyardigans. Ele levantou e pediu pra eu deixar assistir até o final. Como a TV programa no mínimo 15 minutos (e aí começaria "Leivistaun" - mais conhecido no Brasil como LazyTown), pedi que ele desligasse assim que acabasse Backyardigans, deixando programado por via das dúvidas. Quando voltei, menos de 15 minutos depois, a TV estava desligada e não tinha sido o marido. Ele estava lá, rolando na cama, mas com a TV desligada. Eu o enchi de elogios, disse que estava orgulhosa da honestidade dele. E ele ficou só me olhando, tentando entender o que eu dizia, mas com aquele arzinho de "eu sou o cara!". Pior que ele tem razão...

20 de outubro de 2010

Herança genética

Quando eu estava grávida do Fabrício, com a pressão um pouco alta, uma médica estava fazendo aqueles questionários imeeensos sobre a saúde de toda a minha família. Depois de ver que meu pai também era hipertenso (eu não sou, minha pressão só subia no hospital), ela me disse: "a gente não herda só os olhos verdes...". Pois é. Justo os olhos verdes eu fiz o favor de não herdar. E também fui egoísta o suficiente pra não transmitir aos meus filhos os genes que ainda me restavam. Em vez disso, resolvi transmitir um gene míope. Aliás, um MUITO míope. Ano passado Thierry reclamou que não estava enxergando bem. Mesmo desconfiada que não fosse nada (já que havia um amigo usando óculos na sala, e ele vinha falando que queria usar), levei à oftalmologista. Ele não tinha nadinha, mas ela disse que levássemos anualmente, porque a miopia era iminente. Segunda retornamos e, pra nossa surpresa ele já está com 1,00 e 0,75! Ele ficou todo feliz. Quem não ficou muito fui eu, quando vi o preço das armações infantis... Além disso, a maioria ficava pequena. As que serviam, seriam pra perder logo. Quando já tava quase desistindo, resolvi testar uma de adulto, já que, segundo o rapaz da ótica, não existe nada pra adolescente ou pré. Resultado: só precisa diminuir 0,5cm na haste, ficou LINDO e, o melhor: menos da metade do preço. Mas o grande momento da noite foi quando ele, provando uma armação da vitrine, de lente sem grau, disse: "Nossa, mãe! Tô enxergando bem melhor, agora!!!"

Pra começar

Eu queria inaugurar meu blog novo com alguma coisa especial, mas a vontade de inaugurá-lo era maior do que os acontecimentos em si. Nada muito novo nem muito diferente acontecendo. O desejo desse novo blog é que ele sirva pra falar não só das crianças, como tem sido há quase 8 anos, mas pra falar de mim também, coisa que eu duvido um pouco que vá acontecer. O motivo dele é "quase" simples: primeiro, eu estava muito incomodada com algumas visitas insistentes que nunca se identificavam e resolvi tirar o antigo do ar por algum tempo - e hoje ele volta pro lugar dele sem mais atualizações. Provavelmente isso vai acontecer aqui também, mas resolvi ver por outro lado e desencanar. O segundo motivo é que eu sempre gostei de "adaptar" o blog ao momento que estava vivendo. Primeiro, na expectativa de engravidar pela primeira vez (que felizmente não durou mais de 4 ou 5 posts) eu fui a "Futura Mamãe", depois passei a ser a "Mamãe do Thi". Quando engravidei pela segunda vez, este nome não fazia mais sentido, já que "A família cresceu". Nem parece que já faz tanto tempo. Agora que eles estão um pouco mais crescidos, vejo novos desafios e novos temas. Agora somos três e eu.