Site Meter Três e eu: Lindo pra cachorro

27 de dezembro de 2010

Lindo pra cachorro

Eu sempre quis ser mãe. E não nego que fazia parte do sonho ter uma menina. Por isso, desde a adolescência "minha filha" já tinha nome: Gabriela. Mudou de sobrenome e de pai algumas vezes, mas o nome se manteve firme e forte até o final da minha primeira gravidez. E eu nunca pensei seriamente em um nome para menino - que mudava cada vez que mudava o sobrenome. Outro dia Thierry torceu o nariz quando eu disse que ele (que obviamente não seria "ele") poderia ter se chamado Norton ou Tristan. Como eu "exigia" Gabriela, se fosse menina, aceitava o nome que o suposto pai escolhia para um menino, mesmo não gostando - e os desgramados nunca escolhiam um nome "normal". Felizmente, esses nomes não duravam muito, já que meu namoro mais longo antes de conhecer o marido durou apenas 7 meses. Quando comecei a namorar o marido, foi bem diferente. Eu sei, Thierry não é um nome lá muito convencional - desde que engravidei até a Copa de 2006, quando o Thierry Henry estava com tudo, muito pouca gente conhecia ou sequer entendia quando eu falava o nome, chegaram a me perguntar "de onde eu tinha tirado esse nome"; justo a mim, que não gosto nem um pouco de nomes inventados ou muito diferentes. Mas foi um nome escolhido no 14º dia de namoro, de comum acordo e com muita convicção. Nem chegamos a conversar sobre nomes durante a gravidez. Fui cada vez mais me apaixonando por ele, ainda mais depois que o menino nasceu e ele passou a fazer sentido de verdade. É o nome mais lindo do mundo...
(...)
E daí que sexta, na estrada, paramos para comer e esticar as pernas. Os meninos se lambuzaram de sorvete e foram com o pai ao banheiro lavar as mãos. Fiquei no carro e, enquanto eles andavam, tive a impressão de ouvir um adulto chamar "Thierry", de longe. Vi que não era o marido, pois o Thi estava bem juntinho dele. Estávamos no meio da Anhanguera, seria coincidência demais encontrar um conhecido ali - ainda mais adulto. "Deve ser um nome parecido", pensei. Me distraí e, quando eles voltavam, ouvi de novo. Mas dessa vez não fui só eu, já que os três olharam para trás. Marido fez cara de "eu, hein" e continuou vindo, enquanto a pessoa continuava chamando. Foi então que percebemos uma família com um cachorrinho teimoso. De longe, perguntei o nome do cachorro e ele respondeu com a dicção forçada (igualzinho eu faço pra pessoa entender): "T-H-I-E-R-R-Y!" Eu disse que era o nome do meu filho e caímos todos na gargalhada, inclusive o cara, enquanto pedia desculpas. Virou piada. Quem mais riu foi o próprio dono do nome, que saiu contando a história pra todo mundo, dizendo que eu devia ter perguntado o nome do filho deles pra colocar no nosso cachorro...

Um comentário:

Andreia Cruz disse...

Amei esse post amiga... Tô aqui rindo... rindo... (sem poder, pq tô lotada de trabalho e parei pra ler seu post)
Como é bom ter nossos pequenos, né?
Bjs querida!!!