Site Meter Três e eu: Sonho que se sonha só - ainda

3 de agosto de 2011

Sonho que se sonha só - ainda

Tá bom, tá bom... Devido ao grande número de [dois] pedidos insistentes, vou contar pra vocês qual é o meu sonho (tive que rir do seu comentário, Keylla!!!). Na verdade, não é nada demais e eu vou dizer mais porque preciso desabafar do que pela real importância dele. É bobagem...

Como [a maioria de] vocês sabem, sou moça criada no interiorrrrrr: nasci em Brasília - que, na época, também tinha um pouco cara de cidade do interior - mas quando eu tinha 12 anos nos mudamos de mala e cuia pra uma cidade de cerca de 70 mil habitantes, onde passei a adolescência e criei muitos vínculos. Aos 19 vim pra Sum Paulo fazer faculdade de Letras, voltava pra casa a cada 2 ou 3 semanas e esperava voltar definitivamente quando terminasse o curso. Mas no meio do caminho tinha uma pedra. Me apaixonei por ela, casei e tivemos 2 filhos lindos. E voltar pra terrinha passou a ser só um sonho distante, já que, além do marido não gostar muito da ideia, teríamos que conseguir DUAS vagas de transferência exatamente na nossa função (somos funcionários públicos, lembram?) ou passar no concurso de novo, duas coisas que seriam praticamente impossíveis, então nunca pensei nisso como um fato que pudesse se realizar. Depois que conseguimos uma escola excelente para as crianças, concorrida, gratuita e de qualidade, com oportunidades que eles não terão nem mesmo em escolas particulares, desisti de vez de sonhar em me mudar. Até que ontem eu recebi um e-mail (encaminhado a todos os funcionários) oferecendo a permuta de DUAS vagas exatamente na nossa função, exatamente na cidade onde eu cresci. E, por causa da escola das crianças, eu não posso me dar ao luxo de pensar em ir. Mais ou menos como ganhar na loteria e não encontrar o bilhete, saca? Nesse caso, a escolha de não encontrar o bilhete é minha e em nenhum momento eu me arrependo dela. Meus filhos são prioridade na minha vida. O que me machuca, me decepciona e me entristece é saber que a todo momento eu desejei isso sozinha, sem nenhum tipo de apoio, sem nenhum "talvez-quem-sabe-um-dia", sem a menor possibilidade de continuar sonhando junto, sem nenhum momento de porra-louquice de dizer "então vamos!". A frase não mudaria em nada minha decisão. Mas pelo menos eu saberia que tem alguém disposto a ficar comigo custe o que custar, como eu fiz 11 anos atrás.

3 comentários:

Larissa Xavier disse...

acho q essa cidade eé bem aqui né Le? sabe q eu ia adorar ter uma blogueira conhecida nessa cidade... rsrsrs

mas quem sabe um dia né? nunca deixe de sonhar...

bjocas em vcs

e agora vc não sonha mais só, sonha com a gente...

Simone Assis disse...

Menina, estamos numa situação tão semalhante, só que ao contrário: meu tempo de cidade pequene foi-se. E consegui transferência de retorno à capital, onde estão as escolas que sonho pros meus pequenos. Mas marido não quer vir. Ele é funcionário do município, eu do Estado. Vou levando enquanto o pequeno não atinge idade escolar, mas em 2013 o assunto voltará à pauta. Mas isso de duas vagas nas suas funções pro lugar onde quer ir não é um BATSINAL daqueles???
abraço!\o/

Andreia Cruz disse...

É Lê... seu post vem mais uma vez confirmar o q eu penso, as mulheres estão mais dispostas a abrir mãos de seus sonhos pessoais em prol da família.
Espero de coração q vc tenha outras oportunidades como essa, viu?
Bjs