Site Meter Três e eu: "O tempo passou, claro que passaria..."

3 de novembro de 2010

"O tempo passou, claro que passaria..."

Cada vez que observo minhas crianças, me sinto uma boba. Meu "bebê", que até outro dia  (outro dia MESMO) fazia apenas rabiscos num pedaço de papel, agora já faz desenhos de "pessoas" com corpo, membros, olhos e boca. Acabou de fazer vários "pingos" num papel e veio dizendo que são os ovos das lagartas dentro da folha - agora o viveiro está repleto de lagartas nojentas de todos os tamanhos. Sempre que vê o irmão fazendo a lição de casa, quer fazer também, nem que seja desenhar numa folha em branco ou fazer atividades nos livrinhos de colorir. E fala, cheio de orgulho, que vai levar pra professora ver, que ela vai gostar, etc. Na hora do jantar ou no carro, enquanto o irmão está contando alguma coisa, sempre levanta a mão e espera sua vez para contar algum episódio também. Hoje fiquei observando toda a articulação da narrativa e mesmo das palavras, que até pouco tempo nem saiam inteiras. Já para o Thierry, o desafio tem sido escrever o próprio nome na lição. No começo do ano, ele cismou de querer aprender a escrever com letra cursiva (que só vai aprender ano que vem na escola). Acontece que, em casa, ele não tem paciência de aprender direitinho, letra por letra, como deve ser. Aprendeu a escrever o primeiro nome dele e, desde então, só assina assim. Até é legível, mas há alguns meses a professora pediu que eles não fizessem mais (depois ela me contou que é porque não conseguia ler alguns). Hoje ele chegou todo feliz dizendo que a Prô tinha deixado escrever o nome com letra de mão. Quebrou a cabeça pra copiar o sobrenome, mas saiu bem bonitinho. A lição mesmo ele geralmente faz em 5 minutos, sem empolgação devido à "facilidade", mas tenho percebido que agora elas estão mais voltadas à ortografia e à aquisição lexical (que deveria ser feita com mais leitura, admito). Hoje deveria "ler" uma história do Chico Bento, sem palavras, e contar o que entendeu. Muito preguiçoso, disse que era só pra contar, mas, quando eu disse que a Prô ficaria muito feliz se ele escrevesse, não pensou duas vezes. Às vezes parece que quer chamar a atenção, mesmo comigo ao lado; ficou pensando, por exemplo, como se escrevia "FOI" (é, "foi"!!!). O resto do texto (de três linhas, mas, ainda assim, um texto) fluiu bem, esbarrando apenas em questões ortográficas próprias da última flor do lácio, inculta e bela.

Às vezes fico com a sensação que perdi algum pedaço. Será que eu dormi enquanto eles estavam crescendo? Prefiro não pensar. Só viver.

2 comentários:

Deia disse...

É verdade minha amiga, eles crescem muito rápido... Já tô sem bebê tb... e olha q meu caçula só tem 1 aninho... mas quer uma independência q num pode ter, se é q me entende.
Acho q segundo filho quer fazer tudo q o primeiro faz, né?
Me conte sobre isso, viu?
Bj e bom dia!!!

Tia Orgulhosa disse...

Rs até eu às vezes penso: nossa, já tenho um sobrinho de 7 anos!!! Realmente o tempo passa e nós nem vemos, eles crescem numa velocidade incrível, enqto piscamos os olhos... Já fico imaginando daqui uns 2 anos, Manoella já vai estar falando pelos cotovelos, Henry já um rapaz de 6 anos... E eu sei que isso vai acontecer tão rapido que nem vai dar tempo de curtir tudo... Mas vamos vivendo ne... E tentando curtir ao máximo nossos ex-bebês... que logo trarão namoradas/os em casa pra nos apresentar... afff não gosto nem de pensar hahhaa